HIPERPLASIA NODULAR FOCAL

 

 

A hiperplasia nodular focal (HNF) é o tumor hepático benigno mais comum depois dos hemangiomas e representa uma resposta celular proliferativa (hiperplasia) a uma malformação vascular (artéria distrófica aberrante) e que pode estar associada a outras patologias caracterizadas por lesões arteriais tais como a telangiectasia hemorrágica hereditária. Não existe qualquer evidência de que a gravidez e os ACO possam ter influência no desenvolvimento ou na progressão da HNF.

 

Apesar de ser muito mais comum em mulheres (8 a 9 mulheres para 1 homem) com idade entre 35 a 50 anos, não existe qualquer evidência de que a gravidez e os anticoncepcionais possam ter influência no desenvolvimento ou na progressão da HNF.

 

A grande maioria dos pacientes não possui sintomas e o diagnóstico é realizado de forma incidental, em exame de imagem feito por outro motivo. A HNF é facilmente identificável por exames de imagem e se apresenta como um nódulo com cicatriz central, que é mais facilmente identificado na tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética. A grande maioria possui menos do que 5 cm. O mais comum é serem nódulos únicos.

 

Muitas vezes é difícil fazer a diferenciação com o adenoma hepático. Existem pacientes que possuem nódulos de hiperplasia nodular focal e adenomas ou hemangiomas concomitantes. Para diferenciar de adenoma muitas vezes é necessário a realizado de ressonância magnética com contraste hepatoespecífico ou biópsia hepática. Biópsia hepática não é indicada de rotina. Quando o tumor é maior do que 5 cm ou existe dúvida diagnóstica em relação a um adenoma, a biópsia pode ajudar a estabelecer o diagnóstico.

 

A grande maioria dos pacientes com HNF é assintomático e não requerem tratamento. O tamanho da HNF é estável ao longo do tempo na maioria dos casos. O tratamento cirúrgico é apenas realizado em casos excecionais (lesões pediculadas, expansivas e exofíticas).

 

Quando o diagnóstico é claro e o indivíduo é assintomático, o seguimento com exames de imagem não é necessário e os pacientes podem ter alta, a menos que haja doença hepática vascular subjacente.

 

Não existe qualquer indicação para interromper os anticoncepcionais e o seguimento durante a gravidez não é necessário.

 

Se o diagnóstico da HNF não estiver claramente estabelecido a partir de exames de imagem ou se o indivíduo for sintomático (por dor ou compressão), o doente deve ser referenciado a um hepatologista.

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